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O DNA da Comunicação: quando a linguagem vira branding

O DNA da Comunicação: quando a linguagem vira branding

Se você já viu Man of Steel (O Homem de Aço) — ou mesmo que ainda não tenha visto — este post é um convite para ir além da superfície. Porque mais do que músculos ou efeitos especiais, o que realmente importa nesse filme é o superpoder do “como”: a forma de contar uma história.
E essa lição vale ouro no mundo da comunicação e das marcas.

Além da Força: O “Novo Velho” Superman

O remake de 2013 não é apenas uma atualização tecnológica em relação ao clássico de 1978. É uma reinvenção estratégica da marca Superman.

Henry Cavill entrega um herói mais humano, mais vulnerável e mais ético — alguém que carrega dilemas existenciais junto com o peso de salvar a humanidade. Em outras palavras, um produto antigo foi reembalado com relevância contemporânea.

O uniforme high-tech, os efeitos impecáveis e a trilha épica de Hans Zimmer são só a embalagem. O verdadeiro diferencial está no reposicionamento narrativo: Superman deixou de ser apenas um gibi em movimento para se tornar uma metáfora sofisticada, capaz de dialogar com um público muito mais exigente e questionador.

Símbolo de Branding no uniforme do Superman, representando o poder da linguagem na comunicação
O superpoder não está no que se diz, mas em como se comunica: a linguagem como essência do branding.

O Superpoder do “Como”: O DNA da Comunicação

O que fez O Homem de Aço emocionar foi o “como” da linguagem — a marca registrada de Zack Snyder, David S. Goyer e Christopher Nolan. Na comunicação corporativa, acontece o mesmo: não basta ter mensagem, é preciso ter linguagem.

É o tom de voz que define se uma marca é aspiracional ou acolhedora.
É a postura que separa autoridade de arrogância.
É o contexto que dá sentido à fala.

Como dizia Wittgenstein, “o limite da minha linguagem é o limite do meu mundo”. E, no mercado, o limite da sua linguagem é também o limite da sua marca.

É aqui que entra a metáfora mais poderosa: a linguagem é como um rio.
Cada palavra que escolhemos, cada gesto, cada símbolo que usamos carrega histórias, valores e influências.

Um rio pode nascer cristalino ou já turvo, mas no caminho ele recolhe sedimentos, impurezas, nutrientes. E quando chega à foz — a chamada “boca do rio” — ele revela toda a sua jornada. É ali, no encontro com o oceano, que ele mostra por onde passou, com quem esteve, o que viu e o que viveu.

Assim também é a nossa comunicação: quando chega ao mercado, ela expõe a origem da marca, os valores cultivados internamente e as escolhas feitas ao longo do caminho. É impossível disfarçar. O consumidor, como o oceano, sempre percebe a qualidade da água que chega até ele.

Qual é o seu Cartão de Visitas?

O “como” é o verdadeiro cartão de visitas de qualquer profissional ou empresa.
Não é apenas o que você entrega, mas como você se expressa, como se posiciona, como se relaciona.

Marcas que entendem isso se diferenciam. Marcas que ignoram esse detalhe desaparecem na maré da indiferença.

E você, já refletiu sobre qual é o seu cartão de visitas?
Sua comunicação hoje entrega ao mercado águas cristalinas ou águas turvas?

Deixe sua opinião nos comentários e compartilhe este post com quem você acha que pode se beneficiar desta reflexão.

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