Frank Sinatra,  eterno, que dispensa comentários, uma vez cantou o verso “I did it my way”, parte da famosíssima música My Way, uma balada romântica e sucesso mundial desde 1968, quando ganhou sua versão em inglês. Em 1971, Elvis Presley também a gravou e a mandou para a estratosfera com sua voz que deve ser “de lá” também. Anos depois, em 1999, Bon Jovi e mais dois parceiros compuseram a música It’s My Life, também sucesso indiscutível em todo o mundo, com os seguintes versos:

“My heart is like an open highway
Like Frankie said
I did it my way
I just wanna live while I’m alive
It’s my life.”

Trocando em “Tupi-Guarani”:

“Meu coração é como uma autoestrada aberta
Como Frankie disse
Eu fiz do meu jeito
Eu só quero viver enquanto estou vivo
É a minha vida.”

Depois de escutar essa música dezenas de vezes, realmente dá para entender porque ela se tornou tão cantada e sempre com tanta intensidade. Não é porque simplesmente citava Sinatra, ou porque Elvis a lançara a níveis inimagináveis, e sim porque ela fala de uma necessidade e desejo de todos, que foi uma vez pronunciada, ao que se sabe, pelo general romano Júlio César: “Veni, vidi, vivi” (do latim), que significa “Vim, vi, venci”. O que Bon Jovi fez foi colocá-la no mundo dos jovens plebeus mortais, convidando todos a entoá-la a plenos pulmões, em um grito de quem clama as possibilidades da vida, com o risco que nela há e o preço de bancar as próprias escolhas. Como ele bem diz na música: I ain’t gonna live forever. (Eu não vou viver para sempre).

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