Letras do Tempo | Blog do João Viegas

O que as parcerias mostram

As parcerias são um grande caminho para alcançarmos objetivos, afinal, ninguém faz nada sozinho. Entretanto, é necessário que as parcerias sejam reavaliadas a todo momento, porque há vários tipos de parceiros e eles podem, de uma hora para a outra, comprometer sua saúde e o resultado que você espera alcançar. Vou tentar apresentar alguns deles aqui:

  • PARCEIRO KITNET – É aquele que mal cabe em si, achando-se a solução para os seus problemas, mas que busca satisfazer apenas os seus próprios interesses. Este tipo de parceiro costuma ser egoísta, sempre buscando recursos e justificativas pessoais para não fazer aquilo que deve fazer pela parceria.
  • PARCEIRO CELEBRIDADE – É aquele que quer mostrar para as pessoas, de uma forma geral, o quão articulados são e o quão bem sucedida é a sua rede de relacionamentos. Esta pessoa, geralmente, tem muitos contatos mesmo, mas tem pouco tempo para dispensar com as milhares de “parcerias” que fez, deixando na mão várias pessoas, que perdem seu tempo e oportunidades por estarem comprometidas com este tipo de parceiro.
  • PARCEIRO CAMELÔ – É aquele que grita, que chama atenção, que diz que vai, que age, mas que na hora do “vamo ver” ele corre. São pessoas com pouca capacidade de envolvimento com o parceiro e comprometimento com a proposta da parceria. Postergam etapas e contatos importantes para o objetivo da parceria.
  • PARCEIRO BOLICHE – É aquele que só entra em uma parceiria para fazer strike. Ele não quer saber de projetos menores ou que não visem ganhos absurdos. Deseja a notabilidade do grande feito, a notoriedade. A vaidade é o seu guia.
  • PARCEIRO MEDUSA – É aquele que quando consegue ser parceiro de alguém, suga a vida dele, sobrecarregando-o com questões e tarefas que podia ele mesmo ter resolvido, ou divido, a fim de que o fardo do trabalho ficasse menos pesado para um. É alguém que tende a oprimir o parceiro, às vezes por inveja, não aceitando suas próprias limitações.
  • O PARCEIRO – É aquele que dispensa adjetivos, tem apenas o artigo definido, que o define como o certo para o seu objetivo. Ele está envolvido com o outro(s) parceiro(s), se organiza para tal, contribui com o que tem, compromete-se, coloca-se disponível para o outro e para o projeto e se comunica de forma que a mensagem não expire, comprometendo o resultado, ou não se subverta, ocasionando todo tipo de problema.

Neste nosso mundo moderno, cada vez mais dinâmico, dinâmicos também são os papéis interpretados pelos parceiros. O que define qual deles é o melhor é o sentimento do outro em relação ao parceiro, não apenas ao atingimento do objetivo, porque pode ser que por mais “bem-sucedida” tenha sido a empreitada, em valores monetários, os valores humanos podem ter sido menosprezados pelo meio do caminho, fazendo com que a frase de Nicolau Maquiavel que diz que “os fins justificam os meios” pareça mais uma sentença de morte, do que uma faísca de coragem pelo sucesso na parceria. O bom parceiro é aquele indivíduo que se preocupa com o resultado, com o seu parceiro, e está ciente do seu papel e de sua influência positiva ou negativa na vida dele, ou seja, é aquele que está preparado para ter um par e um objetivo comum. Se não tem, é melhor viajar solo.

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