O que Paris Whitney Hilton (30), Lindsay Dee Morgan Jade Lohan (24) e Robyn Rihanna Fenty (23) têm em comum? Bem, a banda de hard rock norte-americana Guns ‘N Roses deu as caras ao mundo em 1987, através do disco Appetite for Destruction, (Apetite por Destruição) e realmente arrasaram tudo por onde passaram. Entretanto, as bad girls do século XXI, Paris, Lohan e Rihanna parecem querer ser notadas por um slogan quase igual, “mas muito diferente” – Appetite for Self-Destruction (Apetite por Autodestruição).
É chocante o que mulheres tão jovens têm feito por notoriedade nos meios de comunicação e o que têm mostrado ao mundo a que vieram, ou pelo menos o que acham a que vieram. Quando se vê homens fazendo qualquer besteira na TV ou nos palcos é meio que normal que se pense: “Mais um infeliz!”, já que brutalidade, rudeza e asco são palavras facilmente associadas à figura do homem. Mas ao ver três garotas tão jovens, bonitas e com talento para a música e cinema – pelo menos no que diz respeito a Rihana e Lohan, já que Paris, por enquanto, ainda não mostrou algo “realmente relevante” – fica uma pergunta no ar: Que legado é esse?
Paris inunda a TV e a internet com cenas caseiras de sexo com seus affairs, sua presença “VIP” em eventos de pouca relevância e sua futilidade megalomaníaca herdada pelo fruto do trabalho do seu pai, Conrad Hilton, empresário texano e fundador da rede de hotéis Hilton. Em entrevista ao apresentador David Letterman ela chega a citar as palavras “my empire” (meu império).
As más línguas reportam que Lindsay “fichou” de presidiária. Está dia sim, dia não na cadeia, por posse e consumo de drogas, álcool, direção perigosa, perturbação da paz e destrói, aos poucos, tudo o que construiu desde que começou quando criança, fazendo comerciais de TV aos 3 anos de idade e depois ficando famosa em filmes da Disney.
Rihanna demonstra o lado da fragilidade feminina que não se quer ver, aparecendo na mídia após ter sido espancada pelo próprio namorado e depois atuando em um clip próprio em cena de estupro e outro de sadomasoquismo, sendo este último proibido em 11 países. Tem expressado toda a sua tristeza de ser, refletida, inclusive, pelo nome de uma música recente – What’s my name? Perguntando-se qual o próprio nome em uma música dá indícios claros de que sua identidade está comprometida e se vê em crise.
O que essas mulheres tão jovens e “ídolos” de uma geração mais jovem ainda se perguntarão daqui a 40 anos? What did I do? (O que eu fiz?). Se continuarem achando que a vida acaba quando o corpo se cala, uma resposta muito provável será: Nothing! (Nada!). Definitivamente essa política do “Falem mal, mas falem de mim.” é uma frase muito infeliz, pois expressa apenas ânsia por exposição e insegurança. Uma pena, porque, na verdade, seria ótimo saber e divulgar o que de bom guardam esses sorrisos que ainda mostram tanta ingenuidade. Algo de bom sempre há.
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Infelizmente, esse é o retrato da geração big brother! Ser lindo, sexy, forte por fora e cheirar a peixe podre por dentro. E aguarde para os próximos capítulos dessa série: Justin Bieber (como Ozzy Osbourne previu após perguntarem a ele o que acha do garoto: Ele é o próximo paciente das clínicas de desintoxicação)
Uma triste realidade. Acho que falta o chão da família e sobra superexposição a um meio muito hostil – o showbiz, numa fase muito frágil – a infância. Abraço e obrigado pelo comentário!
É… a melhor forma de ensinar e aprender são os exemplos… Quais exemplos deixaremos para nossos filhos? Uma reflexão e tanto…
É verdade, exemplos arrastam.