Na TV, no DVD, no celular, no aparelho de som, no monitor do computador, na CPU do computador, no estabilizador, no filtro de linha, na minuteria dos lustres prediais, no roteador do computador, na porta do elevador, na catraca de acesso às galerias comerciais, no seu carro, no CD player do seu carro, no telão, no sinal de trânsito, na lanterna do carro, no controle remoto, lá estão todos eles, nos avisando de sua existência, praticamente indefesos e inofensivos. Porém, nenhum LED é tão inofensivo que não possa se tornar mortífero. Sim, leitor, é verdade. Uma vez unido aos seus dois grandes comparsas – o sensor de movimento e o alarme – o LED pode se transformar em algo como a “Hora do Pesadelo”.
No melhor intuito de economizar energia humana em movimentos simples e de nos defendermos de toda espécie de malfeitor, adquirimos todos os tipos de dispositivos eletroeletrônicos que quebram o nosso galho, oferecendo-nos desde simples comodidade até proteção. Este último item, meu caro leitor, não sei se você já foi ou anda sendo vítima, como eu, está se tornando um inferno em forma de “cramulhãozinho” dentro de uma lâmpada miniatura. Os moradores de prédio que o digam, já que, em nome da segurança, ou da violência, como queira, tudo hoje fazemos para evitarmos a perda de nossos tão queridos “bens de estimação”, que vão desde um bumbum, como foi o caso de Carla Perez quando fez o seguro do seu “Tchan”, protegendo aquilo que de mais valioso considerava ter, até a nossa casa – nosso porto sagrado.
Mas é exatamente em nome da segurança que estamos perdendo um componente tão ou mais importante em nossas vidas – o sossego. Alarmes disparam diuturnamente e incessantemente em todo lugar – carros, motos, sirenes de portões – tudo evidenciando nosso estresse mental na tentativa de manter o que é nosso, inclusive nossas próprias vidas, e, diante da efemeridade de ambos – nossas vidas (como mortais) e bens – , estamos achando que um LED, um sensor, ou um alarme nos protegerão de uma perda. Até protegem, ÀS VEZES, mas não daquilo que TEM que acontecer, algo no qual não vislumbramos as origens. Quem aí já não teve algo subtraído mesmo dispondo de vários recursos de segurança? Eu já!
Como se não bastasse o cansaço físico e mental diário da vida, ainda temos que lidar com o desassossego na hora do descanso, quando alarmes com sensores de movimento disparam o tempo todo, luzes se ascendem, cães que ladram, vizinhos que “sambam” no teto da sua casa (quando é só samba), crianças sem atenção ou em distúrbio chorando. Meu Deus! Dá pra voltar a fita um pouquinho e trazer de volta a simplicidade de outros tempos? Hum! Pera aí porque a pilha do controle acabou.
Cara há duas semanas foi um alarme de Banco q começou a tocar as 3h da manhã e não parou mais… Td por conta de uma obra no prédio. Como não pode fazer a obra de dia eles usam a madrugada. Mas o pior foi na semana passada… um infeliz de um gato me atormentou a noite inteira… O desgraçado não parava a sinfonia… No dia seguinte foi o assunto, tinha nêgo querendo comprar arma pra matar o infeliz…
Obras que nos dão uma mão-de-obra danada. É muita segurança para pouco sossego e um custo x benefício discutível.
Abraço!