10 lições de Gestão, Cultura e Engajamento – a Desolação de Smaug

Quando criei este blog, há algum tempo, pretendia trazer questões de comunicação, marketing, comportamento social, filosofia, religião e cultura que estivessem, de alguma forma, veladas no contexto em que foram trazidas, esquecidas ou pouco apreciadas pela maioria das pessoas. Esta, inclusive, é a linha-mestra do meu livro tempo.com – a comunicação esquecida em tempos de Internet. Saiba mais.

O filme O Hobbit – A Desolação de Smaug, é o 5º filme lançado pela franquia O Senhor dos Anéis, mas que, cronologicamente, é o segundo no enredo, e posso dizer que o considero uma ferramenta fantástica para análise do comportamento humano. Essa incrível fábula de J.R.R.Tolkien, dirigida pelo não menos incrível Peter Jackson, é tão interessante e rica que podemos extrair pelo menos 10 lições bem claras para a vida e também conectadas à gestão de pessoas, engajamento e cultura organizacional. Aqui vão elas:

LIÇÃO 1 – PERSISTÊNCIA – A maioria das pessoas tende a desistir exatamente quando estão muito próximas de alcançarem o objetivo que almejam, individualmente ou em grupo. No filme, vemos personagens enfrentando obstáculos aparentemente intransponíveis, mas é justamente a persistência — mesmo diante do desânimo coletivo — que os leva adiante. Em ambientes corporativos, essa lição é vital: projetos morrem não por falta de viabilidade, mas por falta de persistência. Quando você tem certeza do caminho a ser percorrido, a persistência é um valor imprescindível.
Dom Hélder Câmara dizia: “Graça maior é persistir na caminhada certa.”

LIÇÃO 2 – DETALHES – Problemas grandes podem ser resolvidos por pequenos detalhes, ou por pessoas consideradas aparentemente inaptas ou incapacitadas. Bilbo, um hobbit sem habilidades de combate, é quem consegue acessar o coração da montanha. Isso nos lembra que soluções muitas vezes vêm de onde menos se espera — e que focar em estereótipos e subestimar talentos genuínos é um erro estratégico.

LIÇÃO 3 – CONEXÃO – Se deseja ser um bom líder, comece por chamar seus comandados pelo nome, saber quem eles são e de onde são, sua história. Thorin, o líder, ao reconhecer o valor de cada membro da companhia, fortalece vínculos e constrói lealdade. Em empresas, essa conexão humana é o que transforma equipes em comunidades.

LIÇÃO 4 – LIDERANÇA – Não coloque seus comandados na fogueira, abstendo-se do risco inerente às grandes decisões. Encare o papel de líder e puxe a fila através da própria ação. Liderar é assumir o risco junto com a equipe, não apenas delegar. A liderança de Thorin, embora por vezes falha, mostra que o exemplo é mais poderoso que qualquer discurso.

LIÇÃO 5 – PERSPECTIVA – Quando uma equipe perde a direção ou o foco, é preciso que alguém se afaste do caos para que se tenha noção de onde o grupo está e alimentar novas perspectivas, novos caminhos e saídas. Bilbo, ao se afastar do grupo, consegue enxergar o dragão e entender o cenário geral. Em gestão, e na vida pessoal, o distanciamento estratégico do “olho do furacão” é essencial para decisões assertivas.

LIÇÃO 6 – GRATIDÃO – Se vai terminar uma relação ou desligar algum membro de uma equipe, temporária ou definitivamente, que seja com compaixão, cuidado e gratidão, valorizando o que ele realizou enquanto esteve na equipe. A forma como os personagens se despedem uns dos outros revela que vínculos não devem ser descartados — devem ser encerrados com respeito.

LIÇÃO 7 – FIDELIDADE – Ter coragem para desafiar regras que contrariam suas convicções é essencial — mesmo sabendo dos riscos envolvidos em ser fiel a si mesmo e assumir as consequências dessa escolha. Bard, ao enfrentar o poder estabelecido, revela que a integridade pessoal pode valer mais do que a obediência cega — uma lição poderosa para quem atua em ambientes corporativos pautados pela ética.

LIÇÃO 8 – CORAGEM – O medo faz parte de qualquer indivíduo, grupo, relação ou negócio. É da natureza humana, mas tem que ser enfrentado em algum momento, ou ele irá consumi-lo. Smaug representa o medo paralisante. Enfrentá-lo exige mais do que força — exige decisão. Na vida e nas empresas, o medo de errar muitas vezes leva à estagnação, impedindo a inovação.

LIÇÃO 9 – VERDADE – Se lhe contaram uma história, mas você não viu ou não esteve lá, você não tem a verdade dos fatos. É melhor não transformá-la em um conto ou lenda. Isso pode minar a percepção e a confiança dos outros. A manipulação de narrativas no filme mostra como a verdade pode ser distorcida — e como isso afeta a confiança entre líderes e liderados, minando a cultura organizacional.

LIÇÃO 10 – CICLOS – Em algum momento, a luz, ou intuição que norteia você, vai parecer ter sumido indefinidamente, mas ela sempre volta, pela característica de ciclos que a vida tem. A jornada dos personagens é marcada por altos e baixos, mas sempre há retomada. Em qualquer projeto, reconhecer os ciclos é essencial para não confundir pausa com fim. Saber terminar é tão importante quanto saber começar.

Há muitas outras lições no filme — basta estar atento. Tanto a análise de A Desolação de Smaug quanto o livro tempo.com – a comunicação esquecida em tempos de Internet são convites à percepção daquilo que está encoberto, negligenciado ou mal interpretado. São provocações para quem deseja enxergar além da superfície, seja no comportamento humano, na cultura organizacional ou na comunicação contemporânea.

Se você busca conteúdo que una narrativa, estratégia e reflexão, já tem três bons pontos de partida:

O filme O Hobbit – A Desolação de Smaug

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E o artigo O Buraco do Hobbit – uma história sobre Gestão de Talentos

Boa leitura, boa jornada — e que você encontre o seu próprio Smaug para enfrentar!

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